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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ARAUJO DE PORTO ALEGRE

(José do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brasil
1806-1879)

(Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Barão de Santo Ângelo), poeta, pintor, professor, jornalista, diplomata e teatrólogo, nasceu em José do Rio Pardo, RS, em 29 de novembro de 1806, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 30 de dezembro de 1879. É o patrono da cadeira nº 32, por escolha do fundador Carlos de Laet.

 

Era filho de Francisco José de Araújo e de Francisca Antônia Viana. Em 1826 veio para o Rio estudar pintura com Debret na Academia de Belas Artes, cursando também a Escola Militar e aulas de Anatomia do curso médico, além de Filosofia. Em 1831, graças a uma subscrição promovida por Evaristo da Veiga, e à proteção dos Andradas, seguiu Debret à Europa, a fim de aperfeiçoar-se como pintor. Ligado a Garrett, foi, porventura, quem orientou os patrícios chegados a Paris interessados pelo Romantismo.

 

De volta ao Rio, desenvolveu intensa atividade artística, educacional, administrativa e literária. Colaborou com Domingos de Magalhães na criação da revista Niterói (1836) e fundou com Joaquim Manuel de Macedo e Gonçalves Dias a revista Guanabara (1849), veículos que abrigaram os grupos iniciais do Romantismo no Brasil. Em 1858 ingressou na carreira consular, servindo como cônsul do Brasil na Prússia, com sede em Berlim, depois na Saxônia, com sede em Dresden (1860-1866), e, finalmente, em Lisboa

 (1866-1879), onde veio a falecer.

Escreveu artigos, biografias, peças de teatro, estudos políticos, poesias, que ainda não foram todas reunidas, tendo ele publicado as principais nas Brasilianas (1863). Pseudônimo: Tibúrcio do Amarante. Fez parte do primeiro grupo romântico brasileiro, cuja poesia é marcada por um forte nacionalismo. Abandonou a mitologia clássica em proveito da temática nacional. A sua empresa literária, contudo, foi o poema épico Colombo, em que trabalhou desde 1840, publicando episódios em revistas da época a partir de 1850.

 

Endeusava reverentemente o amigo Domingos de Magalhães, atribuindo-lhe a chefia da “regeneração das nossas letras”, mas tinha ele mesmo a noção da influência da sua obra como início da cor local nativista.

Biografia: https://www.academia.org.br 

 

HADAD, Jamil Almansur, org.   História poética do Brasil. Seleção e introdução de  Jamil Almansur Hadad.  Linóleos de Livrio Abramo, Manuel Martins e Claudio         Abramo.  São Paulo: Editorial Letras Brasileiras Ltda, 1943.  443 p. ilus. p&b  “História do Brasil narrada pelos poetas. 

HISTORIA DO BRASIL – POEMAS
CRISTÓVÃO COLOMBO 
 

 

2- DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA

Mais uma hora velou. Deu meia noite,
Rendeu-se o quarto no maior silêncio
Acalmada a emoção e mais convicto
Fez sinal, e a esquadra pôs à capa,
Sem que alguém da manobra visse a causa.
Ainda olhava, mas cedendo ao corpo,
Ali mesmo dormiu, até que de um salto,
Erguido ao trom de festival Bombarda
E das gritas dos seus que repetiram
Com Bermejo, na “Pinta” — Terra! Terra!
Sem olhar, convencido da verdade
Por grito impulso ajoelhou-se, orando,
Antes que a terra lhe alegrasse a vista!
Vinha o dia rompendo e descobrindo
Sobre a linha do mar a terra ansiada.
Como ao empaste das fecundas tintas,
A natureza e a luz na tela fulgem
Assim fulgia o ondulado aspecto
De frondente floresta, e pouco a pouco,
Ao sorriso das horas fugitivas,
No ar se abriram graciosas palmas,
Como guerreiro de emplumados elmos,
Vindos à plaga a festejas as naves.

Com o prumo na mão, sondando a costa,
Entrou nua abra que no fundo tinha
Singradouro seguro. Manda o chefe
A manobra de pez! Se a um tempo viu-se
Cair o pano atravessar a frota.
Morder o ferro a desejada areia.
Os descrentes então se convenceram
de que um homem de Deus vê mais que os outros.
Baixam do turco o ligeiro esquife
E o real escaler apendoado.
O prazer que remoça, agita o nauta
Larga o borel da devoção e o peito
De lúcida couraça veste; cinge
A espada de Almirante e sobre os ombros
Traça um manto escarlate, mimo régio,
Protege a fronte em brilhante almafre,
De cujo cimo ponteagudo rompe
Trifix da palma de recurvas plumas.
Toma o pacto real feito em Granada,
E o pendão de Isabel, o novo lábaro,
Que há de em breve vencer mais que o de Roma.
Descem com ele os empregados régios,
E os Pinsões, a quem dera a honra e guarda
Do estandarte real.  Acena ao mestre:
Alam as prontas vagas à ribeira;
Qual o amplexo do amor, todos sentiam
O doce abalo do encontrão da praia.
De um salto juvenil pisa Colombo
A nova terra e, com seguro braço,
A bandeira real no solo planta.

*

 

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Página publicada em outubro de 2021


 

 

 
 
 
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